COMO DOMINAR UM DRAGÃO
O dragão é um simbolismo para nossos recursos interiores mais profundos. Esse “dragão interior” causa o conflito entre nosso dever como cidadão e nossos desejos e instintos. De fato, não podemos fugir de certas regras que tornam o convívio em sociedade possível.
Porém o dragão representaria uma força primitiva que abafamos,adoramos em nome de todo um amor próprio. Ele acaba tornando-se fonte de angústias. É aquele sentimento de vida perdida, de trabalho em vão. É uma voz que “baila no ar”, diria Raul Seixas. Mas se, como acreditava Freud, é impossível conciliar as imposições da civilização e os instintos primitivos, o que podemos fazer?
“Vi nos olhos do dragão minha própria alma”, afirmou um dos personagens que se afastou para viver de forma primitiva. A cidade de Berk, por sua vez, conseguiu conciliar os dragões com a vida em comunidade. Essa seria, para mim, a proposta utópica do filme: uma sociedade inteira que conciliou a vida em comunidade e a força primitiva representada pelos dragões.
Jung e Freud afirmaram que o homem que se desliga de suas forças inconscientes torna-se neurótico e doente. De certa forma, o cidadão domesticado das grandes cidades é cheio de temores, por isso Nietzsche acusou a modernidade de nos tornar covardes e animais de rebanho.
Olhando para nossas grandes cidades, parece que a maioria das pessoas perdeu essa conexão. Isso acaba apontando para a conclusão pessimista de que, atualmente, apenas uma elite de pessoas consegue equilibrar essas forças antagônicas dentro do homem
Esse tema foi explorado no filme Eragon, onde apenas uma elite de homens podiam dominar dragões. Eram chamados cavaleiros de dragões e se comunicavam mentalmente com eles.
Em Eragon, se o cavaleiro morre o dragão morre, mas se o dragão morre o cavaleiro vive sem essa ligação mágica. Torna-se triste e vive das lembranças de quando voava unido ao seu dragão. É uma clara alusão ao inconsciente.
Comunicar-se com o dragão é conseguir o acordo entre consciente e inconsciente. Jung chamou esse processo, que leva o homem ao conhecimento de si mesmo, de individuação.( processo através do qual o ser humano se torna realmente um ‘individuum psicológico’, ou seja, ele se transforma em uma unidade autônoma e indivisivel, se tornando uma totalidade.O processo de individuação é considerado o conceito central da Psicologia Junguiana, pois este processo é a realização do Si mesmo, do Self,no íntimo da alma, podendo ser vivenciado como um mistério profundo, sendo como uma manifestação de um deus interior.
O principal foco da Individuação é o conhecimento de si mesmo.A individuação busca estimular o indivíduo a despertar o melhor de si e do outro, tirando-o do isolamento e estimulando o outro a empreender uma convivência coletiva maior e saudável.
Tal fato, nos ensina que o processo de individuação busca aproximar o mundo do indivíduo através do caminho do autoconhecimento.
É preciso aprender a lidar com o negativo da mesma maneira que lidamos com o positivo. Isso não é milagre! Isso deve ser uma meta!
Assim como o corpo precisa de alimento para se manter e desenvolver, a personalidade também precisa de experiências adequadas para individuar-se.
É fundamental que o Ego participe ativamente do processo, pois a função do Ego é promover a motivação para a caminhada, no entanto, quando o Ego percorre o caminho no sentido contrário, o processo tende a ser mais doloroso e muito mais árduo.
Apesar de ocupar uma parte muito pequena da totalidade da psique, ele é dotado de uma função básica e fundamental. O Ego é altamente seletivo. Cabe a ele realizar a importante tarefa de fornecer à personalidade elementos de identidade e continuidade através do processo de seleção.
o Processo de Individuação também atua intimamente ligada ao Ego, no intuito de proporcionar por meio dessa união, o desenvolvimento de uma personalidade distinta e persistente.
O ser humano só poderá individualizar-se na medida em que o Ego for permitindo que as experiências recebidas se tornem parte da Consciência.
A Consciência e a Individuação caminham juntas, passo a passo no desenvolvimento de uma personalidade, pois o início da formação da Mente Consciente marca também o início do processo de Individuação.
A Psicoterapia do Espirito tem esse papel fundamental no contexto do autoconhecimento , fortalecimento e direcionamento do Ego, no sentido de que Ele e o ser humano se unam na tarefa do pensar. Podemos afirmar que o processo terapêutico do Espirito é de fato o processo de individuação.
O Espirito nos aponta que o Ego de uma pessoa altamente Individuada permite que um maior número de elementos psíquicos se torne consciente, gerando assim um um auto-conhecimento fundamental em sua estrutura.
Enquanto algumas linhas esotéricas, como a de Gurdjieft, afirmam que tal conexão só pode ser atingida através de um trabalho árduo, tanto físico quanto interior,e um processo conseguido por pouquíssimas pessoas, enfim, parece ser algo elitista,defendo que isso pode ser conseguido por qualquer pessoa que se disponha a ser tratado pelo Espirito de Deus
Soluço, o personagem principal do filme “Como Treinar seu Dragão”, acredita que todos podem dominar seus dragões. Mas Eragon sugere que apenas uma elite pode conseguir isso (como o super homem de Nietzsche). Felizmente,ao contrário do que se afirma,todos podem conseguir essa proeza. São aqueles que não acreditaram no mito da modernidade e resolveram seguir os valores da Bíblia, mesmo vivendo dentro do necessário contrato social.
Esta dificílima habilidade de conciliar o contrato social com as forças primitivas do homem e valores da Bíbilia sugere, por si só, a constituição de um grupo raro. E esta elite reconhece sua distância em relação à maioria das pessoas, tal como no simbolismo do cavaleiro de dragão que nãovoa alto e observa a população como no filme,mas se dispõe a morrer no vôo do destino da humildade,que desemboca na misericórdia divina. Como voam em dimensões incomuns, raramente são vistos por nós. E quando são avistados, raramente são compreendidos pelo cidadão urbano, temeroso e limitado.
O domínio desse dragão ( imposições da civilização e os instintos primitivos ),faz dessas forças,fontes de invenções valiosas.
Ao contrário do que mostra o filme,por isso chamo de utopia,quando uma cidade decide viver adaptada aos dragões,não é a harmonia que vem e nem a paz.mas a destruição,pois o espirito humano desregrado causa danos ao jardim comunitário humano,mas quando dominado leva o homem à níveis altos de aperfeiçoamento ( individuação ).
Nesse "ambiente" pode cumprir-se as palavras de Paulo "Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus..",pois o ser humano percorre o caminho que agrada a Deus e naturalmente tudo irá concorrer para o nosso bem.(Romanos 8:28).
Nesse caminho Deus pega nossas falhas e as transforma pelo processo da individuação em pérolas preciosas ou "atos de humildade"
Nossos entulhos Deus transforma num edifício da perfeição.As falhas humanas nas mãos de Deus são como o combustível que alimenta as chamas do fogo do amor divino,que eu chamo de misericórdia,que não nos dá pelo que somos e fazemos o que merecíamos:sua ira
Deus tem o poder de reverter nossos desacertos em provisão:isso se chama "Misericórdia".
Porém para isso acontecer é necessário o conhecimento
O domínio desse dragão ( imposições da civilização e os instintos primitivos ),faz dessas forças,fontes de invenções valiosas.
Ao contrário do que mostra o filme,por isso chamo de utopia,quando uma cidade decide viver adaptada aos dragões,não é a harmonia que vem e nem a paz.mas a destruição,pois o espirito humano desregrado causa danos ao jardim comunitário humano,mas quando dominado leva o homem à níveis altos de aperfeiçoamento ( individuação ).
Nesse "ambiente" pode cumprir-se as palavras de Paulo "Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus..",pois o ser humano percorre o caminho que agrada a Deus e naturalmente tudo irá concorrer para o nosso bem.(Romanos 8:28).
Nesse caminho Deus pega nossas falhas e as transforma pelo processo da individuação em pérolas preciosas ou "atos de humildade"
Nossos entulhos Deus transforma num edifício da perfeição.As falhas humanas nas mãos de Deus são como o combustível que alimenta as chamas do fogo do amor divino,que eu chamo de misericórdia,que não nos dá pelo que somos e fazemos o que merecíamos:sua ira
Deus tem o poder de reverter nossos desacertos em provisão:isso se chama "Misericórdia".
Porém para isso acontecer é necessário o conhecimento
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